Inquérito sobre procurador que matou esposa e filho em Limeira deve ser concluído sem apontar motivação
23/07/2025
(Foto: Reprodução) Procurador Rafael Horta e a esposa, Cristiane Laurito
Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil deve concluir o inquérito sobre o procurador que matou a esposa e o filho e cometeu suicídio, em Limeira (SP), sem apontar a motivação do crime.
Isso porque, segundo o delegado que assumiu o caso, Edgar Albanez, a Justiça negou pedido da polícia para quebra de sigilo do celular do autor do crime, que ocorreu no dia 6 de junho deste ano.
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Segundo Albanez, a expectativa da polícia era descobrir o motivo do crime a partir do conteúdo localizado no celular do procurador Rafael Horta.
"Não vai ter como descobrir o que houve porque tinha um celular apreendido e o juiz negou a abertura do celular. O segredo do celular não vai ser aberto. Então, não tem muito o que fazer. Só juntar o laudo e relatar [o caso à Justiça]", explicou Albanez.
Segundo o chefe de polícia, o juiz não autorizou busca de informações no celular porque entendeu que é um caso criminal que vai ser arquivado, já que o autor morreu. "Inclusive, já mandei entregar o celular para o pai dele [procurador]", acrescentou.
Ele informou que ainda aguarda um laudo pericial para concluir o inquérito, mas adiantou que o documento restante não deve modificar a conclusão policial, que é de ocorrência de feminicídio e homicídio, seguidos de suicídio.
"Não há mais diligências a serem feitas", finalizou o delegado.
Cristiane Laurito era servidora concursa da Câmara de Campinas (SP)
Reprodução/redes sociais
Veja o que se sabe
Quando e onde ocorreram as mortes?
Segundo o delegado João Vasconcelos, que trabalhou no caso no início das investigações, as mortes devem ter ocorrido antes das 7h do dia 6 de junho. A constação ocorreu por volta das 11h, na casa do casal, quando o pai de Rafael foi até o local para buscar o neto para uma consulta.
Como os corpos foram encontrados?
O pai de Rafael chegou ao local e percebeu que a família não atendia. Ele entrou na casa e encontrou a cena do crime em um dos quartos, com os três corpos na cama, lado a lado.
Como a família morreu?
A polícia informou que a suspeita é de que as mortes tenham sido causadas por disparos de arma de fogo, encontrada ao lado da cama onde estava a família.
Procurador que matou esposa e filho se declarou nas redes sociais três semanas antes do crime
Reprodução/Instagram
O que foi apreendido no local?
Uma arma, três carregadores e 12 munições foram apreendidos. Segundo a PM, Rafael tinha a licença da arma.
Quem era Rafael?
Rafael Horta trabalhava na Prefeitura de Limeira como procurador jurídico municipal. Ele se apresentava como especialista em estratégia e recuperação de ativos, investigação patrimonial e busca de laranjas.
Segundo o pai de Rafael, o filho estava passando por uma depressão e estava afastado por 30 dias de suas funções na prefeitura, autorizado por um médico psiquiatra.
Três semanas antes do crime, o procurador fez declarações para a família nas redes sociais. Na postagem, que inclui uma foto do filho, Rafael escreveu: “o bebê mais fofo e que tem a melhor mãe possível”.
Quem era Cristiane?
Cristiane era servidora da Câmara Municipal de Campinas. Era servidora concursada desde 2014 e ocupava o cargo de coordenadora de execução orçamentária e financeira.
O que falta saber
Qual foi motivação do crime?
Existe conteúdo no celular do procurador que esclareça a motivação?
Qual foi o horário das mortes?
O que é feminicídio?
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